É chegado o momento do início no colégio. No final do seu oitavo mês de vida, o Vinicius foi para a escolinha.
Sabem aquela cena clássica de filme: a criança toda feliz caminhando porta a dentro do colégio e a mãe virando as costas para ir embora chorando? Isso não aconteceu conosco. O filhote não ficou feliz e eu não saí chorando (já tinha chorado o suficiente no mês anterior).
Estávamos tranquilos com a escolha do colégio e com as professoras que nosso filho teria. Isso me deixava segura – o Charlles preferiu não estar presente nesse momento (acho que ele agiria como a mãe do filme).
Também me alegrava o fato de saber que meu filho, finalmente, teria contato diário com outras crianças, num ambiente preparado e cuidado. Mas é claro que não gostava de deixá-lo chorando com outra pessoa.
O fato é que até hoje ainda há dias de choro na despedida do colégio. Mas antes mesmo de chegar ao final do corredor, escuto o choro cessar. E sei que ele fica bem porque se alimenta bem, dorme bem, participa das atividades e interage com os colegas.
Agora, uma coisa não dá para negar: é incrível o salto no desenvolvimento de uma criança depois que ela passa a frequentar uma escola! E junto com o crescimento das habilidades do filhote, cresce também o amor.
Olha só como ficou a poesia do oitavo mês:
Oitavo Mês
É imensamente recompensador
acompanhar o crescimento da tua independência
Junto contigo cresce o meu (o nosso) amor
e as alegrias da nossa convivência.
Por tudo isso é difícil te deixar
aos cuidados de outro pessoa
Seja no colégio, seja com a babá
mesmo sabendo que ficas numa boa.
Não é por causa da saudade,
apesar dela se fazer presente…
É mais pela responsabilidade
de te entregar a alguém diferente.
E assim seguimos em frente,
amadurecendo nossa relação.
Seja bem perto ou distante,
te levo sempre no meu coração.
Talita
06/02/14
11:21
Essa poesia faz parte do Álbum do primeiro ano do Vinicius.
Como foi o início no colégio por aí?
Interessados em ler outras poesias que também fazem parte do álbum do primeiro ano do Vinicius?
No Segundo Mês do bebê precisamos iniciar a complementação do leite materno. No Terceiro Mês do bebê descobri que amor de mãe não é a primeira vista. Há uma poesia para cada mês do primeiro ano!
Falei rapidamente sobre esse início no colégio porque a intenção desse post era mostrar a poesia, mas se vocês quiserem se informar mais sobre o início no colégio, aqui tem textos bacanas (eu escrevi mais sobre os sentimentos da mãe na volta às aulas):
Não são gêmeos – relato da Marcela
Mil Dicas de Mãe – relato da Nívea
Macetes de Mãe – relato da Shirley
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3 Comentários
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Talita Rodrigues Nunes, 40 anos, casada com meu príncipe Charlles, mãe do Vinicius, de 8 anos. Acredito que com ORGANIZAÇÃO e POESIA a vida Só Melhora!
É muito interessante este tema.
O tempo passa e a sensação é a mesma na hora da separação física.
Hoje, casada a 10 anos, não consigo deixar de sentir um vazio quando nos separamos. Retorno ao tempo de bebê. Deixar com alguém que não sou eu é como se estivesse deixando desprotegida.
Eu sei que és crescida, resolvida e feliz com a vida que escolhes-tes, mas tem sempre um mas.
Só me resta torcer, rezar e desejar tudo o que de melhor existir.
Serás sempre o meu eterno bebê. Te amo mais que tudo.
Eu é que te amo, mama! Obrigada!
Texto muito interessante.
Já faz muito tempo que estas cenas se passaram. Não a de deixar chorando no colégio, muito pelo contrário o choro era na volta para casa. Não querias deixar as amiguinhas. Mas a sensação de abandono quando deixava aos cuidados de outra pessoa. Até hoje sinto isto quando nos separamos. Fica um vazio que dói. Embora saiba que fizestes tuas escolhas e estais muito bem com elas.