Ainda me espanta ler as palavras que acabei de escrever: meu filho de 7 anos. Ao mesmo que vamos vivendo nossa vidinha no dia a dia, é surpreendente parar e perceber que já se passaram 7 anos convivendo com o meu filhote.

7 é meio que um número mágico, não? Muitas pessoas o tem como número da sorte. Aparece várias vezes na Bíblia. Os 7 anos do filhote é sim uma data marcante, ainda mais nesses tempos loucos em que estamos vivendo.

imagem do meu filho de 7 anos

Histórias do meu filho de 7 anos

Fico lembrando de algumas histórias que marcaram esses 7 anos passados, como aquela vez em que estávamos no meio de uma conversa, na manhã de terça-feira de Carnaval, quando o filhote solta:

– Mãe, olha só minha “altura”!

Eu arregalei os olhos e sorri, com um apertinho no coração. Não pela altura em si, que, verdade seja dita, aumenta a passos largos sim. Não apenas na época em que essa história aconteceu, mas – ainda mais – nos dias de hoje.

Mas pela pronúncia correta da palavra. Até ontem, o pequeno teria falado “olha minha ‘taúra’!”. Mas agora ele pronuncia “altura” perfeitamente, sem nem se dar conta da conquista adquirida. Na época, ele estava com 3 anos.

Cadê o “remelho” e a “taúra”?

Eu nunca valorizei a forma incorreta. Pelo contrário, sempre repeti a palavra corretamente após ouvi-la “taúra” – “altura”. Mas sem ressaltar que era uma correção, como orientam os especialistas.

Entretanto, no meu íntimo, sempre achei fofo ouvir o filhote dizendo “taúra”. Era o jeitinho do meu pequeno. Só dele, já que nunca ouvi outra criança – ou adulto – pronunciar a palavra desse jeito.

E agora não tenho mais um menino que fala “taúra”. Agora ele diz “altura” de boca cheia. Do alto do seu um metro e 3 anos e meio. No dia anterior, eu tinha ouvido dessa mesma boca, pela primeira vez, a palavra “vermelho”. Antes disso, o pequeno falava “remelho”.

Não temos mais o “remelho” e a “taúra” por aqui. Só o mesmo menino falante de sempre! De lá para cá, um bocado de palavras ganharam pronúncia correta, mas algumas poucas ainda tem seu jeitinho próprio (como “asteregue” – em vez de asterisco – e “teve uma ideia” – em vez de “tive uma ideia”). Das coisas que aquecem meu coração de mãe.

meu filho de 7 anos brincando na areia

Meu filho de 7 anos é meu campeão

Lembro também da primeira vez que ele quis participar de uma corrida organizada. Ele tinha 4 anos quando decidiu que queria participar de uma competição.

Ele chegou em terceiro lugar, mas foi sim um campeão na sua primeira corrida! Venceu o nervosismo, o choro, a vontade de desistir no último minuto – meu campeão!

Venceu a tensão que há numa competição, o medo de perder e decepcionar as pessoas que ama, a frustração de não ser o melhor – meu campeão!

Campeão

Logo ele, que não gosta de holofotes. Logo ele, que detesta apresentações. Logo ele, que precisa de bastante tempo para se ambientar. Era assim com 4 anos e continua assim agora, às vésperas de fazer 7.

Acreditou nas suas habilidades, escutou atentamente os conselhos, procurou e teve suporte emocional – meu campeão!

Sempre foi campeão do meu amor e do meu coração. Agora tem uma medalha para mostrar que é campeão dele mesmo. Superou-se – e continua se superando esse meu campeão!

eu e meu filho de 7 anos

7 anos de parceria e aprendizagem

Nessa época “fora do normal” que estamos vivendo, o filhote tem se mostrado ainda mais parceiro e continua me ensinando muito. Ele vive repetindo que estar de quarentena é chato, mas também é bom porque podemos ficar mais tempo juntos.

No almoço de ontem, garantiu que essa quarentena era boa especialmente para algumas empresas. Fiquei surpresa que ele utilizasse a palavra “empresa” de tal forma em uma de suas frases e quis saber mais do que ele estava falando.

Ele esclareceu que sabe que existem algumas empresas que exigem muito trabalho, como a do papai (ai! aquela cutucada na ferida!). E nesse momento, estão deixando os pais um pouco mais livres. E isso é bom porque ele pode ir cortar o cabelo com o papai. Se não fosse a quarentena, provavelmente isso não aconteceria.

Ontem mesmo ouvi de uma amiga que “filhos nos tiram o chão, mas nos dão o céu”. Que frase mais perfeita!

Fazer 7 anos em plena quarentena

Nessa loucura toda que tem sido viver uma quarentena tenho mesmo aproveitado para valorizar o tempo com quem eu amo. Tenho escrito muito menos aqui no blog (mas continuo bem ativa no Instagram – está acompanhando tudo por lá?).

Mas não podia deixar de registrar esse grande evento que é o aniversário do filhote. Esse ano a comemoração será bem diferente dos anos anteriores. Mas vai ter comemoração sim, com o que é essencial: família, amor e tempo (e bolo de cenoura e parabéns e casadinho e pipoca – pedidos do aniversariante).

Quando nosso bebê faz 1 ano é uma vitória!
Quando faz 2 anos ele deixa de ser tecnicamente um bebê.
Quando nosso filhote faz 3 anos a gente acha que as coisas vão melhorar.
Quando ele faz 4 as coisas realmente melhoram!
Quando a criança faz 5 anos ela descobre que as brincadeiras com os amigos são mais divertidas que com os pais.
Quando nosso filho faz 6 anos percebemos que teremos que voltar a estudar se quisermos continuar ajudando nas tarefas escolares.

Agora, quando o pequeno faz 7 anos e não é mais tão pequeno assim, a gente se dá conta de que a vida é simplesmente incrível ao lado desse serzinho tão especial!

Parabéns, filho! E só para lembrar: te amo!