Atualmente, o tema “tempo” está bem em alta. Ninguém tem tempo para nada. Todos correm contra o tempo. O tempo é curto. Falta tempo. Que tal uma poesia sobre o tempo?
Na verdade, quem realmente me instigou a refletir sobre o tema e escrever um poema sobre o tempo foi uma querida amiga. Aceitei o desafio e fiquei um tempo digerindo o assunto – como normalmente acontece no meu processo de criação.
Levei meu tempo, mas coloquei no papel os tais versos sobre o tempo. Eu bem que já tinha escrito algo relacionado à temporalidade: tempo de recomeçar. Mas, dessa vez, saiu algo bem mais reflexivo.
Escrevi um e-mail para contar sobre o nascimento do tal poema para a sua musa inspiradora. Naquele momento, ainda não tinha decidido como publicar a poesia. Resolvi publicar assim mesmo: contando sobre seu processo de criação.

Índice
Poesia sobre o tempo
Segue o e-mail:
“Oi, Gabis!
Tem algum tempo que não escrevo poesia. Já te contei um pouquinho do status atual (pós-mudança de casa, cidade, adaptação do colégio novo do filhote, sem rotina no momento…), o que não favorece a concentração necessária para escrever.
Com a tua provocação/pedido de uma nova poesia sobre o tempo, fiquei gestando a ideia na minha cabeça e hoje consegui pari-la.
Estou profundamente emocionada com esse nascimento! Escrever poesia já tem uma carga emocional bem grande, mas preciso confessar que esse tema mexeu comigo mais do que eu esperava.
A estrutura saiu bem diferente do que de que costume. Sou bem tradicional e até um pouco simplista na forma de rimar. Adoro um soneto e poemas de 4 estrofes com 4 versos cada. Dessa vez os versos ficaram mais livres e até mesmo o conteúdo ficou mais reflexivo… minhas poesias geralmente são bem objetivas. Essa não.
De toda forma, gostei muito do resultado! Ainda não sei como transformá-la num post. Seria (será?) meu primeiro post autoral desse ano e estou me enrolando um pouco com isso. Talvez precise digerir a emoção do momento para conseguir publicá-la.
Entretanto, inspiradora como fosses, não poderia deixar de compartilhar contigo. Segue a tua entrega especial: uma poesia sobre o tempo!

Sobre o tempo
Há quem reclame do tempo
dos seus limites, sua condição.
Não percebe que, como o vento,
é preciso andar a favor da direção.
Há tempo para tudo,
como bem disse o poeta.
Pois bem, regula teu mundo
para estar sempre na hora certa!
Há que se lembrar
que o tempo vai além
não depende de ninguém
ele só vai, não vem
sua característica é estar
nunca parar ou voltar
Há que se aceitar
e não brigar
ou tentar mudar
Há tempos que o tempo teme
há tempo para outros tempos também
E quando o meu tempo
encontrar com o teu
bem aí nesse momento
pode ser um adeus
ou até mesmo um oi
de um tempo que está por vir
ou daquele que se foi
Na tentativa de por um fim
– ai, de mim! –
digo assim:
Não adianta com o tempo brigar
bem melhor é dele aproveitar.
Talita
12/03/20
12:01″


Para quem quiser ver esse poema em vídeo, basta dar o play aqui embaixo:
Como anda o teu tempo? Conta aqui nos comentários (ou no Instagram ou no Facebook). Vamos refletir sobre o tempo juntos!
Para quem é fã de versos, tenho uma pasta no meu Pinterest só sobre poesia – incluindo MUITA poesia de mãe e de família. Vale a penar dar uma olhada. E para quem curtiu a minha poesia acima, que tal conhecer outras da mesma autora? Tem MUITA poesia autoral por aqui!

Poesia sobre tempo
Sendo o assunto desse post o tempo, não poderia deixar de mencionar uma das poesias mais famosas sobre o tema. Chama-se simplesmente “O Tempo”, do poeta Mário Quintana.
Claro que aproveitei para preparar imagens para compartilhar nas redes sociais: Pinterest, Instagram, Facebook e onde mais vocês acharem bacana.
Uma das coisas de que mais gosto nessa internet é espalhar carinho em forma de poesia. Bora espalhar o bem mundo afora?
Só não esqueçam de dar os créditos ao poeta! Compartilhem as imagens sem modificá-las! Sem retirar a autoria da poesia e da produção da imagem. Combinado?

O tempo
A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando se vê, já é sexta-feira!
Quando se vê, já é natal…
Quando se vê, já terminou o ano…
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê passaram 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado…
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas…
Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo…
E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo.
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.
A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.

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6 Comentários
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Talita Rodrigues Nunes, 40 anos, casada com meu príncipe Charlles, mãe do Vinicius, de 8 anos. Acredito que com ORGANIZAÇÃO e POESIA a vida Só Melhora!
Olá!
Que coincidência. Li este texto hoje e nesta semana já tinha me pegado pensando em outro poema do Mário Quintana, “Poeminho do Contra”. Parabéns pela nova poesia autoral!
Adoro essas “coincidências” da vida!
Obrigada pelo carinho, Dani!
Olá, Talita! Boa tarde! Que linda poesia! Sou Professor em um componente chamado “Seminários de Projeto de Vida”, aqui em Gravataí/RS. Vou utilizar sua poesia em uma de minhas aulas, vai bem ao encontro do que propomos enquanto refletimos sobre o tempo e as nossas ações diárias 🙂
Gratidão por compartilhar suas escritas e parabéns pela poesia!
Puxa vida, Felipe!
Que honra!
Muito obrigada pelo carinho e pelo prestígio!
Por favor, se não for pedir muito, gostaria de ter um feedback dessa aula e dos teus alunos.
Abraços!
Olá. Gostaria de ler o seu poema na abertura de um concerto sobre o tempo. Posso?
Achei maravilhoso
Oi, Marco!
Claro que pode! Ficarei honrada!
Se puderes filmar e mostrar depois, vou agradecer!