Para quem gosta de maternidade real – mas daquelas “choque de realidade” mesmo – senta que lá vem a história! Mas não se preocupe, é para rir da gente mesma!
Dia desses, fomos passar um final de semana na casa de um casal de amigos. Bom, para começar, “fomos” significa “pacote família”: eu, meu príncipe e o filhote (achamos melhor não levar a Loly).
Depois, que “um casal de amigos” também é mais que isso: eles têm filhos, no plural. Uma menina um pouquinho mais velha que o meu filho e um menino de pouco mais de 1 ano. Já dá para ter uma noção da maternidade real, né?
Índice
Ingênuas seríamos se pensássemos que era apenas mais um fim de semana tranquilo com amigos.
Para começo de conversa, já tivemos que parar 3 vezes durante a viagem para o Vinicius fazer xixi. Ele acabou não dormindo no caminho (uma viagem de 5 horas!) de tanta ansiedade. Queria chegar logo na casa da amiga, mas sem dormir demorou mais ainda, né?
Pois bem. Tínhamos já agendado um programa para a tarde de sábado: iríamos a um chá de bebê de outra amiga em comum. Como o programa era apenas para meninas, eu já comemorava uma tarde de conversa com amigas queridas.
Doce ilusão. Os homens inventaram de se reunir para correr de kart. Programa vetado para crianças, claro. Mais uma vez: percebem a maternidade real? Nós duas teríamos que dar conta de 3 crianças pequenas e eufóricas num chá de bebê onde a grávida estava de repouso.
Os maridos mal se viram, já foram para o kart. Nós, começamos a operação “arrumar crianças” – o que certamente levaria um bom tempo. Ah! Descobrimos que a amiga do Vinicius também não tinha feito sua soneca. Mais uma criança cansada na casa!
Toda aquela ansiedade de chegar na casa da amiga foi convertida numa vontade louca de jogar no tablet. O Vinicius mal disse oi e já se jogou no sofá. Depois até agradeci por isso, pelo menos o tablet o distraiu e nos livrou da sua birra.
A outra mãe não teve tanta sorte.
Fiquei com os dois mais velhos enquanto minha amiga dava banho no pequeno. Depois, fiquei com os dois meninos enquanto minha amiga dava banho na sua filha. Ah, sim! Aqui tivemos os primeiros episódios de birra. A menina não queria colocar a roupa que a mãe escolheu. Aí, não queria colocar um laço no cabelo. Enfim, a arrumação dela demorou um pouco mais.
Ainda depois, fiquei com as 3 crianças para a minha amiga tomar o seu banho. Claro que nesse meio tempo o pequeno, que recém começou a andar, caiu e chorou. Enquanto eu consolava o bebê, intermediava uma discussão entre os dois maiores que disputavam o último pão de mel do pacote.
Mãe prevenida que sou, já saí de casa arrumada. Idem para o filho. A cada parada no caminho para fazer xixi, rezava para o filhote não sujar a roupa. No episódio da disputa pelo pão de mel, idem.
Conseguimos a façanha de estarmos os 5 arrumados para a festa. Agora era hora da operação “todo mundo no carro”. Sempre fico impressionada com a destreza de mães de dois (ou mais). Minha amiga pendurou praticamente a casa toda no carrinho do filho!
O bebê dormiria na avó. Então, tinha a mala de roupa mais a bolsa de fraldas e comida dele. Tinha também uns brinquedos da filha, para se entreter na festa. E os presentes da amiga grávida. Além disso, claro, o pequeno dentro do bebê conforto e a filha agarrada na perna porque queria pegar o brinquedo antes mesmo de sair de casa.
Acho que o Vincius ficou tão assustado com a cena que nem cogitou se intrometer.
Aproveitei para pedir que ele fosse caminhando do meu lado, enquanto eu empurrava o carrinho e minha amiga lidava com sua filha cansada.
Pensamos em colocar a cadeirinha do Vinicius no carro da outra mãe para irmos todos juntos, felizes, conversando. Quando vimos o cinto enrolado que prendia a cadeirinha de um jeito indeterminado no meu carro, decidimos ir em 2 carros mesmo.
Ah! Antes de chagar na festa, uma parada na farmácia porque precisávamos comprar fraldas. Nessa parada já descobrimos que as 3 crianças dormiram poucos segundos depois de entrar no carro.
Chegando na festa, consegui estacionar o carro bem próximo à entrada. A outra mãe não teve tanta sorte. Eu coloquei a mochila do Vinicius nas costas, coloquei minha bolsa no ombro e ainda consegui levar meu filho, de 3 anos e 15 kg, dormindo no meu colo. Os outros filhos não tiveram tanta sorte.
Enquanto seguro a porta de entrada com as costas (minhas mãos não estavam disponíveis, lembram?), minha amiga chegou empurrando o carrinho do bebê (e quase a casa toda pendurada nele). Teve que acordar sua filha para ir caminhando mesmo. Coisas de irmã mais velha.
E desse jeitinho aí, tínhamos que fazer todos e tudo caber no elevador! Depois de finalmente conseguirmos montar esse quebra-cabeça, praticamente sardinhas enlatas no elevador, olhamos uma para a outra e caímos na gargalhada!
Acho que a amiga grávida não entendeu muito bem como duas mães suadas, descabeladas e totalmente carregadas de filhos, carrinho e sacolas estavam rindo. Mas penso que ela entenderá em breve.
Maternidade real: a vida como ela é – a gente vê por aqui!
Tenho certeza de que vocês entendem como é essa maternidade real. E todo o doce e o amargo que é inerente dela. Certo?
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4 Comentários
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Talita Rodrigues Nunes, 42 anos, casada com meu príncipe Charlles, mãe do Vinicius, de 10 anos. Acredito que com ORGANIZAÇÃO e POESIA a vida Só Melhora!
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Hahahaa…ri muito imaginando as cenas! Olha, às vezes penso em ter o segundo filho, mas como eu já tenho cara de mãe de dois filhos (esgotaaaada ao último grau, despenteada, sempre de leg ou jeans ou o que for mais rápido vestir e as benditas olheiras de quem não sabe o que é dormir mais de 4h seguidas todo os dias há quase 1 ano e meio rsrrsrsrs), imagina se tiver outro, vou ficar com cara de mãe de um quarteto. Kkkkk
Ai, Gi… Vou te contar que às vezes me dá aquela vontade de ter o segundinho.
Mas basta uma noite mal dormida para essa vontade passar! hehehe
Mas olha só, essa fase de 1 ano e meio é mesmo fisicamente estressante. A gente fica esgotada mesmo.
Mas acredita em mim: essa fase passa e só melhora! Mesmo!
Adooooooooro vida real!
São relatos assim que enchem a nossa vida de histórias e torna tudo mais cheio de graça.
bjs
São uma imensa riqueza, né Gabis?
Por mais relatos de vida real!
Beijos