Poesia sobre família é um tema muito querido. Não por menos, muitos poetas consagrados já escreveram sobre isso. Eu também resolvi dar minha contribuição escrevendo minha própria poesia sobre família.
Muita emoção envolvida quando se escreve uma poesia para família. É algo muito caro para nós, um tesouro recebido de Deus. Fiquei feliz com o resultado do meu poema sobre família com rima. Sim, gosto de escrever versos em rima. Espero que vocês gostem do resultado também!

Claro que uma poesia sobre a importância da família não trata apenas de uma poesia família feliz. Família é algo bem mais complexo e engloba muitas emoções – boas e não tão boas assim.
Família tem bons e maus momentos. Tem alegrias e brigas. Tem comemorações e lamentações. E é tudo isso que faz a riqueza da família. Tudo isso faz parte do amor que envolve uma família.
Lembrando também que a família é uma instituição dinâmica, que vai crescendo e se desenvolvendo durante sua caminhada. Também falo sobre isso na minha poesia sobre família com rimas. Vamos à minha poesia tema família.
Índice
Poesia sobre família – autoral
Vou começar mostrando minha poesia autoral. Depois, compilei outros poemas de poetas consagrados para complementar o assunto. Pensei em reunir num único post diversos poemas sobre família: incluindo versos de Fernando Pessoa, Mario Quintana, Vinicius de Moraes, Carlos Drummond de Andrade e Cecília Meireles.
Família é tudo igual
Família é tudo igual:
cada uma é especial!
Tem pai, mãe, filho,
tio, primo e avô,
mais aqueles que surgiram pelo caminho
e a família também adotou.
Tem família com e sem
animal de estimação,
com e sem bebê,
tem família que não para de crescer!
Tem família que briga no almoço
e faz as pazes no jantar.
Tem família que se espalha,
mas se reúne para rezar.
Tem família de todo tipo
e cada uma é especial.
Porque família é tudo igual,
mas a minha é mais legal.
Talita
28/11/18
9:40
Conta aqui nos comentários (ou no Instagram ou no Facebook) o que vocês acharam da minha poesia? Vou adorar saber tua opinião!

Para quem quiser conferir a minha poesia sobre família em vídeo, basta dar play aí embaixo:
E na sequência, separei mais poemas sobre família de outros poetas. Aproveitei e preparei imagens para compartilhar nas redes sociais: Pinterest, Instagram, Facebook e onde mais vocês acharem bacana.
A ideia é espalhar carinho em forma de poesia. Demonstrar para a tua família o quão importante ela é para ti. Bora espalhar o bem mundo afora?
Só não esqueçam de dar os créditos ao poeta! Compartilhem as imagens sem modificá-las! Sem retirar a autoria da poesia e da produção da imagem. Combinado?

Ah! E tem uma pasta no meu Pinterest só sobre poesia – incluindo MUITA poesia de mãe e de família. Vale a penar dar uma olhada. E para quem curtiu a minha poesia, que tal conhecer outras da mesma autora? Tem MUITA poesia autoral por aqui!
Poesia sobre família Fernando Pessoa
Mar Português
Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.
Fernando Pessoa, in “Mensagem”

Poesia sobre família Mario Quintana
Família desencontrada
O Verão é um senhor gordo,
Sentado na varanda,
Suando em bicas
E reclamando cerveja
O Outono é um tio solteirão
Que mora lá em cima do sótão
E a toda hora protesta aos gritos:
“Que barulho é este na escada?”
O Inverno é o vovozinho trêmulo
Com a boina enterrada até os olhos,
A manta enrolada nos queixos
E sempre resmungando:
“Eu não passo deste agosto, eu não passo deste agosto….”
A Primavera, em contrapartida
É ela quem salva a honra da família!
É uma menininha pulando na corda, cabelos ao vento
Pulando cantando debaixo da chuva
Curtindo o frescor da chuva
que desce do céu
O cheiro de terra que sobe do chão
O tapa do vento na cara molhada!
Oh!
A alegria do vento desgrenhando as árvores
Revirando os pobres guarda-chuvas
Erguendo saias
A alegria da chuva a cantar nas vidraças
Sob as vaias do vento…
Enquanto
Desafiando o vento, a chuva, desafiando tudo
No meio da praça
A menininha canta
a alegria da vida
A alegria da vida!
Mario Quintana, in “Baú de Espantos”


Poema sobre família Vinicius de Moraes
Poema enjoadinho
Filhos . . . Filhos?
Melhor não tê-los!
Mas se não os temos
Como sabê-lo?
Se não os temos
Que de consulta
Quanto silêncio
Como os queremos!
Banho de mar
Diz que é um porrete . . .
Cônjuge voa
Transpõe o espaço
Engole água
Fica salgada
Se iodifica
Depois, que boa
Que morenaço
Que a esposa fica!
Resultado: filho.
E então começa
A aporrinhação:
Cocô está branco
Cocô está preto
Bebe amoníaco
Comeu botão.
Filhos? Filhos
Melhor não tê-los
Noites de insônia
Cãs prematuras
Prantos convulsos
Meu Deus, salvai-o!
Filhos são o demo
Melhor não tê-los . . .
Mas se não os temos
Como sabê-los?
Como saber
Que macieza
Nos seus cabelos
Que cheiro morno
Na sua carne
Que gosto doce
Na sua boca!
Chupam gilete
Bebem xampu
Ateiam fogo
No quarteirão
Porém que coisa
Que coisa louca
Que coisa linda
Que os filhos são!
Vinicius de Moraes, in “Antologia Poética”


Poesia sobre família Carlos Drummond de Andrade
Família
Três meninos e duas meninas,
sendo uma ainda de colo.
A cozinheira preta, a copeira mulata,
o papagaio, o gato, o cachorro,
as galinhas gordas no palmo de horta
e a mulher que trata de tudo.
A espreguiçadeira, a cama, a gangorra,
o cigarro, o trabalho, a reza,
a goiabada na sobremesa de domingo,
o palito nos dentes contentes,
o gramofone rouco toda a noite
e a mulher que trata de tudo.
O agiota, o leiteiro, o turco,
o médico uma vez por mês,
o bilhete todas as semanas
branco! mas a esperança sempre verde.
A mulher que trata de tudo
e a felicidade.
Carlos Drummond de Andrade, in “Alguma Poesia”


Poesia sobre família Cecília Meireles
Vigília das Mães
Nossos filhos viajam pelos caminhos da vida,
pelas águas salgadas de muito longe,
pelas florestas que escondem os dias,
pelo céu, pelas cidades, por dentro do mundo escuro
de seus próprios silêncios.
Nossos filhos não mandam mensagens de onde se encontram.
Este vento que passa pode dar-lhes a morte.
A vaga pode levá-los para o reino do oceano.
Podem estar caindo em pedaços, como estrelas.
Podem estar sendo despedaçados em amor e lágrima.
Nossos filhos têm outro idioma, outros olhos, outra alma.
Não sabem ainda os caminhos de voltar, somente os de ir.
Eles vão para seus horizontes, sem memória ou saudade,
não querem prisão, atraso, adeuses:
deixam-se apenas gostar, apressados e inquietos.
Nossos filhos passaram por nós, mas não são nossos,
querem ir sozinhos, e não sabemos por onde andam.
Não sabemos quando morrem, quando riem,
são pássaros sem residência nem família
à superfície da vida.
Nós estamos aqui, nesta vigília inexplicável,
esperando o que não vem, o rosto que já não conhecemos.
Nossos filhos estão onde não vemos nem sabemos.
Nós somos as doloridas do mal que talvez não sofram,
mas suas alegrias não chegam nunca à solidão de que vivemos,
seu único presente, abundante e sem fim.
Cecília Meireles


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10 Comentários
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Talita Rodrigues Nunes, 40 anos, casada com meu príncipe Charlles, mãe do Vinicius, de 8 anos. Acredito que com ORGANIZAÇÃO e POESIA a vida Só Melhora!
Adorei todos os poemas, mas tenho uma coisa para te dizer: a minha é mais legal!!!!!! Kkkkk beijos e que cada vez mais todos achem a sua própria família mais legal do que a dos outros.
Amém!
Que assim seja, Rê!
Beijos em toda a tua família
Que belos poemas! A família mais legal é a nossa, né?! rsrsrsrsrs
Que bom que é assim, né Ju?
Oi Talita, adorei a sua poesia sibre família. São todas especiais. Adorei as outras poesias também
Beijos
Chris
Obrigada, Chris!
Beijos
olá Talita obrigado pela poesia vou até usá-la em um evento da Família que vai acontecer logo se não se importa . E digo que Família é legal não é a minha ou sua ou que seja Família legal é a Família Unida onde a Felicidade se faz presente… um grande abraço
Que honra saber que minha poesia fará parte de um evento tão importante.
Muito obrigada, Jercimar!
Olá, Talita! Tudo bem?!
Me chamo Paula e sou Arte Educadora. Gostaria de usar o seu poema num vídeo para meus alunos, vc me autoriza?
Ficarei muito feliz!
Acho que eles irão gostar muito
Oi, Paula!
Que linda profissão, hen?
Ficarei honrada em saber que teus alunos conhecerão minha poesia em vídeo.
Mencionando a autoria, está mais que liberado!
Podes me mandar o vídeo também? Gostaria de vê-lo.
[email protected]