A Disciplina Positiva desperta meu interesse há um bom tempo. Já comentei por aqui que minha mãe me ensinou a sempre olhar a situação pelo seu melhor ângulo, né? Por conta disso, venho lendo algumas coisas relacionadas ao tema.

Sei que a tal Disciplina Positiva vai muito além de elogiar o filho. Ela merece um estudo mais aprofundado – coisa que eu não tenho. E foi por isso que fiquei imensamente feliz quando a Renata Takayama se propôs a escrever aqui para o blog e também para o Instagram Só Melhora!

Fechamos uma parceria super bacana nos dois canais! E vocês vão poder aproveitar para aprender mais sobre a Disciplina Positiva junto comigo. Vamos?

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imagem de uma criança com as mãos sujas de tinta

Disciplina Positiva com Renata Takayama

Olá Pessoal! Meu nome é Renata Takayama, do insta @renatatakayama! Sou educadora integrativa de sono infantil, trabalho com crianças de 0 a 5 anos com dificuldades de sono! Também sou Educadora Parental em Disciplina Positiva.

Talita e eu começamos uma parceria, para compartilhamos com vocês mais informações sobre esse incrível mundo do comportamento infantil! Sim, porque se seu filho acorda à noite, está muito relacionado ao comportamento, sabiam?

Iremos, mensalmente, nutrir vocês com muito conteúdo! Espero que gostem!

Renata Takayma e seu filho: educação parental em disciplina positiva

Educação Parental em Disciplina Positiva

Pense nessa cena: Você está voltando para casa, quando de repente, um assaltante te cerca em um beco. Pega seu celular, sua bolsa, e te empurra no chão. Ele foge. Você, trêmula, começa a chorar e só pensa em conseguir um local seguro. Você chega em casa, encontra seu parceiro, e só quer um abraço, aconchego, e quer CHORAR. Chorar para desabafar, ser compreendida, e se acalmar.

Mas, ele enfia um biscoito na sua boca, e diz: “calma, não é nada, vai passar. Olha o passarinho lá fora”. O que você sentiria nesse momento? Frustrada? Furiosa? Chateada? Se isso acontece com você um número razoável de vezes, você certamente irá desistir de procurar o colo do seu parceiro em situações como essa.

Imagine algo parecido acontecendo com seu filho. Ele cai no chão, rala o joelho. Nada grave, mas ele se assusta e chora. Você o pega, oferece um biscoito (ou mesmo peito, para as mães que amamentam), diz que não foi nada e mostra um passarinho lá fora. Perceberam? Não há validação de sentimentos nessa cena.  A dor, o susto que seu filho sentiu, são ignorados. Não faz sentido para você, mas para ele FAZ!

Validar sentimentos na disciplina positiva

Validar os sentimentos do seu filho é algo valioso, primordial na disciplina positiva. É o princípio de tudo! Crianças que tem seus sentimentos validados, que são realmente compreendidas pelos pais, são mais resilientes. Essa qualidade, a Resiliência, ela irá levar para a vida adulta. Além disso, a criança aprenderá a lidar com seus sentimentos, compreende-los, e terá a tão valiosa inteligência emocional.

E a validação de sentimentos não se dá com os pais levando o ocorrido para o lado da razão. Por exemplo: Seu filho está com medo que o ventilador de teto caia na cabeça dele durante a noite. Você explica: “O ventilador está bem preso, não irá cair”. Essa explicação é completamente racional, você está indo pelo lado da razão, e essa parte do cérebro da criança está inacessível em momentos de medo.

Ou seja: não vai adiantar nada o seu esforço em explicar as leis da física, a criança simplesmente irá continuar com medo. Porém, se você validar os sentimentos primeiro, dizendo: “sim, esse ventilador parece assustador. Entendo que você esteja assustado”, a parte da razão do cérebro começa a se tornar acessível. Agora sim, você pode completar: “e se o seu super herói favorito vier prender o ventilador? Parece mais seguro para você?”. Ou mesmo: “vamos usar nossos super poderes para fixar esse ventilador!”. Entrar no mundo da imaginação da criança é a melhor forma de lidar com diversos sentimentos , dentre eles o medo.

imagem de três crianças olhando para um lago

Sob as lentes do Positivo

Agora, reveja a cena o tombo, com Disciplina Positiva envolvida. Seu filho cai, rala o joelho, chora. Você o pega no colo, abraça, pergunta se o joelho está ardendo e ele diz que sim. Você o abraça, diz que sabe que está doendo, que entende. O leva para passar uma água no joelho, pergunta se melhorou e oferece um beijo no dodói. Agora que ele está mais calmo, orienta para que ele ande com mais cuidado, para que não tome o tombo novamente.

Parece mais carinhoso? Dessa forma, seu filho irá parar de chorar muito mais rápido! Os seus sentimentos serão compreendidos! E, com isso, ele conseguirá lidar melhor com as diversas situações que ele terá pela frente. E as temidas birras? Garanto que irão diminuir também!

Renata Takayama, Educadora Integrativa do Sono Infantil e Educadora Parental. Especialista em crianças de 0 a 5 anos, com problemas comportamentais e de sono.

imagem de um menino sentado com um urso de pelúcia - disciplina positiva