Há um tempo, venho cruzando com certa frequência com o jornalista Leandro Nigre por essa internet de meu Deus. Ainda bem! Tenho aprendido muito e me encantado com seus textos, cujo foco é a tal paternidade ativa.

Como sei que muitos pais, futuros pais e avôs frequentam o blog, achei super pertinente trazer o assunto para cá. Quero muito dar mais espaço para essa voz masculina.

Já ouviram falar em paternidade ativa?

É aquela história de que pai não ajuda – pai cria o filho, junto com a mãe e toda a rede de apoio com que se possa contar. Mas vou deixar o próprio Leandro falar sobre o assunto, já que ele é o expert no tema.

 


 

O que é paternidade ativa, afinal?

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Aquela velha história de que o pai é apenas o provedor financeiro do lar já não prevalece em muitas famílias. O então papel exclusivo da figura paterna foi abraçado pelas mulheres, que garantiram espaço no mercado de trabalho e ainda lutam por igualdade de direitos entre os gêneros. Justo!

Nesta seara, os papais se tornaram mais participativos, responsáveis e envolvidos no desenvolvimento da prole. Estão mais desembaraçados nesta arte de formar seres humanos. Ainda que o termo paternidade ativa provoque questionamentos por leigos e especialistas, por o considerarem “mera tendência do mundo moderno”, representa o ser humano do sexo masculino que se doa em tempo integral à família, dedicando-se em igualdade com a mãe.

Existe o pai inativo? Sabemos que sim! Há ainda aqueles que podem ser considerados “semi-ativos“, pois estão presentes, mas não efetivamente colaboram com a rotina dos pequenos, olha lá financeiramente. Não sou adepto de classificações, elas dividem a sociedade, proposta contrária aos anseios… Afinal, pai é pai, e mãe é mãe, mesmo quando um destes substitui por alguma razão de ausência do outro.

Hoje, pai de dois, o João Guilherme e João Rafael, e atuando mais ativamente nesta questão, observo um maior número de homens na luta por igualdade. No Chile, o “Guía de paternidad activa para padres” (2014), elaborado com a apoio da Unicef, desmistifica a fixação de funções para os gêneros, quebra estereótipos e busca conscientização.

paternidade ativa instagram

Aliás, pai não é coadjuvante, não é ajudante.

Apenas pai e deve dividir as funções nos cuidados e educação dos filhos. Eles querem trocador de bebês no sanitário masculino, cobram o direito de irem às compras e ao lazer sozinhos com suas crias sem olhares de soslaio e já estão fadados dos julgamentos de sua capacidade de cuidar, criar, formar, educar… Pai dá conta do recado, sim!

Ser pai vai muito além de trocar fraldas, preparar a mamadeira, papinha, conduzir ao colégio, ensinar a tarefa escolar, colocar para ninar, brincar… e levar o rótulo da paternidade ativa nas costas. É ser e estar presente para suprir as necessidades nas 24 horas do dia, que parece ter 48 horas quando o assunto é compromissos a serem cumpridos e 12 horas se a tônica é o descanso, o lazer e o tempo em família. Neste caminho, vamos compartilhar tudo o que deu ou não certo!

Na paternidade ativa, não almejamos chuva de elogios, mas buscamos vivenciar o conceito de homens conscientes de que as mamães podem dividir a criação e educação da prole. Neste processo, o turbilhão de informação é tamanho, sem fim… Aliás, não se inventou fórmula de como fazer sem erro algum… Falar de paternidade virou estímulo àquele que considero meu mais importante papel.

Não se trata de expor a rotina familiar, mas usar a experiência no jornalismo para fomentar a educação e compartilhar o que deu certo ou não nesta tarefa, sem fórmulas secretas. Desta forma, nos aprimoramos no aprendizado que atravessou as gerações, nos arriscamos nas indicações de especialistas, de parceiros, mas deixamos o coração conduzir, pois a única certeza é “querer acertar”.

Partilhemos dos mesmos pesos e medidas!

 

Papai do João Guilherme, e do João Rafael), Leandro Nigre é jornalista em Presidente Prudente, especialista em Mídias Digitais Interativas e autor do blog Papai Educa. Também é palestrante sobre jornalismo e paternidade e editor-chefe de jornal.

 


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Lembram que já falei um pouco (ou muito!) da importância do pai do meu filho por aqui? Pois é! O texto do Leandro serve não apenas de reflexão, mas de ponto de partida para uma tomada de atitude.

Muitas mães precisam ser lembradas de que devem deixar os pais serem pais.

 

Vocês já conheciam o Leandro Nigre e o Papai Educa? Faz sentido o que ele fala sobre paternidade ativa? Conta para mim aqui embaixo nos comentários (ou no Instagram ou no Facebook)!

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