A querida leitora Daniela Ramos (já amiga de longa data do blog) me mandou um e-mail cheio de carinho pedindo que eu fizesse um post sobre como escrever poesia. Ela contou que escrevia poemas, mas que está “travada” há algum tempo. E perguntou como era meu processo criativo.
Eu não sei se vocês têm ideia do quanto eu amo receber os e-mails e comentários de vocês. Gente, eu AMO! Nunca tinha parado para pensar sobre como é meu processo criativo para escrever uma poesia. Pois bem, o pedido da Dani me deu essa oportunidade.
A Dani já sugeriu outro post (que é super acessado, por sinal!) aqui no Só Melhora sobre comfort blogs. Recomendo – e muito! – a leitura!
Mas vamos falar sobre como escrever poesia – ou, pelo menos, como eu escrevo poesia. Há todo um estudo de linguagem, formal e técnico, sobre como escrever poemas. Não vou falar sobre isso. Até porque não sou linguista, nem especialista na área. Escrevo meus versos de forma livre.
Índice
Como escrever poesia: meu processo criativo
Escrever em versos, para mim, é extravrasar emoções. Colocar pensamentos em palavras faz parte do meu processo de organização pessoal. É uma forma de elaborar pensamentos que funciona muito bem para mim. Falei um pouco disso quando escrevi sobre os motivos de usar um planner.
De outro lado, eu tenho necessidade de escrever porque é algo que me faz feliz. Escrever me da um enorme prazer! Escrever em versos rimados é especialmente prazeroso para mim, me faz bem.
Uma outra dimensão da poesia, essa bem mais nova na minha vida, é o retorno que recebo de quem as lê. Surpreendentemente, quando publico um poema, descubro que aquelas emoções não são “só” minhas. Muitas pessoas se identificam com o que foi escrito, a ponto de compartilhar os versos que as representam. Isso é incrível!
Como escrever poesia – Inspiração
A inspiração, o tema, o assunto que será abordado no poema pode surgir das mais variadas formas. Na maioria das vezes, uma situação da minha vida é suficiente para me inspirar. Acompanhar o desenvolvimento do meu filho é sensacional! E quero registrar essas fases para que elas não se percam no tempo. Escrevo uma poesia para ele.
Muitas vezes uma cena do cotidiano me emociona de verdade. Porque há tanta beleza nas coisas simples! Isso também merece uma reflexão, um agradecimento e uma oração. E uma poesia também, claro.
Outras vezes leio um texto, não necessariamente um poema, mas algo que me representa, que me instiga ou que mexe comigo de alguma forma. Fico com isso dando voltas na cabeça, e o resultado da elaboração desses pensamentos acaba numa poesia.
Quando eu digo que tudo isso me inspira não significa que os versos saiam automaticamente. Olho para o meu príncipe, lembro do quanto o amo, sento e escrevo uma poesia – do começo ao fim – enaltecendo esse amor. Não! Não é assim que acontece.
Inspiração é uma sementinha que colocam dentro da gente.
Pode ser que o Universo conspire fortemente a favor e ela cresça rapidamente. Algumas datas específicas, como o Dia das Crianças, por exemplo, se traduzem quase que imediatamente em versos, para mim. Pode ser que ela não encontre solo fértil para se desenvolver. Acontece de eu ter uma ideia e simplesmente não conseguir colocar em palavras.
Entretanto, na maioria das vezes, a semente precisa do seu tempo para se desenvolver. Eu fico com aquele assunto ou emoção dentro de mim por alguns dias. Vou lendo outros textos sobre o mesmo tema, ou vendo imagens que me remetam a ele. Até que eu consiga finalmente produzir o poema que traduz a inspiração inicial.
Como escrever poesia – Forma
Como eu disse lá em cima, escrevo meus versos de forma livre. Não me preocupo com métrica, técnicas ou estética. Isso não quer dizer que não me preocupe com o resultado final do poema. Muito pelo contrário! Sou até bem crítica comigo mesma.
Faço escolhas de acordo com os meus gostos, a minha preferência e, claro, minha bagagem de vida. Poesia não precisa, necessariamente, ser feita em versos ou rimas. Mas eu gosto muito da sonoridade das palavras e da cadência, do ritmo, das frases.
Por consequência, escrevo em versos rimados, mais ou menos do mesmo tamanho e divididos em estrofes. O som precisa ser agradável quando eu leio, quase como uma música, e precisa fazer sentido para mim. Como já disse, às vezes acho incrível que faça sentido para outras pessoas também!
Eu trabalho a partir disso, das palavras que quero rimar. E crio frases que contem minha história e usem, necessariamente, essas palavras. Muitas vezes procuro por sinônimos para compor minha rima de forma pertinente. Também procuro usar figuras de linguagem para tornar o poema mais interessante.
Gosto de escrever numa caderno, a lápis. Escrevo, apago, escrevo, risco, faço flechas para trocar versos de lugar. Gosto de trabalhar minha escrita “com as minhas mãos”. Parece que não flui da mesma forma se digito palavras na tela do computador.
Mas também aprecio o resultado, depois da poesia finalizada, quando a publico aqui, por exemplo. Brinco de produzir imagens diferentes para ela, com fundos e fontes diversas. E amo infinitamente mais quando vejo que elas ganham vida e o mundo pela internet!
Encontrei um artigo muito bom para quem se interessar mais pela questão técnica: Como Escrever um Poema: 12 Passos (com Imagens) – wikiHow
Espero que eu tenha me feito entender sobre como escrever poesia. E espero que que esse texto ajude a Daniela (e muitas outras pessoas!) a escrever suas poesias – Dani, ainda quero publicar uma poesia tua aqui, hen?
Lembrando que o Só Melhora está sempre de portas abertas para quem quiser compartilhar seus poemas por aqui. Pode me mandar por e-mail ([email protected]), pelo Instagram ou pelo Facebook.
Imagens: Pixabay
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14 Comentários
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Talita Rodrigues Nunes, 42 anos, casada com meu príncipe Charlles, mãe do Vinicius, de 10 anos. Acredito que com ORGANIZAÇÃO e POESIA a vida Só Melhora!
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Adoro suas poesias, são sempre cheias de amor e carinho. E adorei saber como sao3feitas, e confesso não tenho esse dom.
Beijos Mi Gobbato
Obrigada, Mi!
Adoro te ter sempre por aqui.
E é bom saber que mesmo não escrevendo poesias tu te identificas com as minhas!
Beijos no coração!
Ai que delícia este Post. Comigo é muito parecido, mas prefiro escrever direto no computador pois é mais fácil digitar, apagar, ordenar, sei lá… jeito meu rs! Acho que a maternidade despertou isto em mim e tenho curtido bastante escrever minhas poesias em meu Blog! Parabéns sempre querida, amo seus poemas… bjo bjo
Oi, Elaine!
Tenho consciência de que no computador é mais prático. Mas eu preciso “pegar com as mãos”, sabe? hehehe
Tão incrível que cada uma tenha sei jeito!
Beijos e bom finde!
Que post mais bacana!
Eu tmabém tinha esta curiosidade, Talita e gostei muito de entender melhor este processo criativo
Parabéns querida
Bjks mil
Oba! Que bom que gostasse, Clau!
Obrigada pelo carinho de sempre.
Beijos
Eu também amo receber esse carinho dos leitores do blog, os recadinhos lá no face, enfim, enche meu coração de alegria…
Meu processo de escrever poesia é bem parecido, são inspirações do cotidiano, da vida, da maternidade… Porém quando vem eu preciso anotar se não some…rs
Eu anoto do jeito que vem, e depois vou ajustando aperfeiçoando.
Amooooo poesia, amo escrever minhas poesias…
Amei seu post.
Bjs
Ju
Oi, Ju!
Eu não sabia que também escrevias poesias.
Precisamos publicar uma das tuas por aqui!!!
Beijos
Escrever poesia é realmente um dom. Gostei das suas dicas, do processo criativo e da organização. Organizar pensamentos não é coisa fácil!!
Obrigada, Estela!
Organizar pensamentos pode não ser tão fácil, mas acaba virando um hábito 😉
Goatei de saber como constrói os seus versos de dorna livre. Eu ando meio travada para escrever, tenho as ideias, anoto no meu caderno, mas na hora de desenvolver travo. Nessas fases, ler faz bem pra mim.
Bwijos
Chris
Oi, Chris!
Ler também me ajuda bastante nesse processo de “destravar”.
A palavra é exatamente essa: parece que o cérebro libera a travinha.
Adorei a metáfora!
Beijos
Gostei imenso das dicas sobre como escrever poesia!
Parabéns.
José Ilidio
Oi, José!
Puxa! Muito obrigada pelo comentário!
Ganhei o dia!
Também escreves poesia?
Se for do teu agrado, me manda uma poesia tua. Adoraria ler!