Há pouco voltei de uma viagem sem filho. Não foi um viagem pequena, dessas de fim de semana. Não. Foi uma viagem com duração de 16 dias – para ser bem exata. Eu e meu príncipe curtimos uma viagem a dois pela Europa.

Contei em detalhes por aqui como foi nossa reflexão e decisão por viajar sem filho. E, claro, muita gente me perguntou como o filhote ficou durante esse período e como foi nosso retorno.

A viagem em si eu fui compartilhando enquanto ela estava acontecendo no Instagram (@somelhora). E ainda farei muitos posts detalhando todos os passeios que fizemos por Amsterdã, Rota Romântica da Alemanha, Dresden e Estocolmo. Hoje eu quero falar sobre um momento específico: o retorno da viagem.

A volta de uma viagem sem filho e a imensa saudade na bagagem

Não tenham dúvidas de que me diverti nessas férias! Fizemos tudo que uma viagem sem filho permite: caminhamos vários quilômetros por dia, passamos horas em museus, perdemos a hora do almoço diversas vezes, incluímos bares no roteiro, namoramos bastante. Foi ótimo ter essas duas semanas para curtir com o meu príncipe!

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Agora, isso não significa que eu não tenha sentido saudades do filhote. É óbvio que senti! Muita saudade! Tirei várias fotos de coisas meio fora do roteiro turístico, digamos, apenas porque era algo que eu sabia que ele ia gostar. Nos falamos todos os dias pelo FaceTime e em cada lugar que passávamos, acabávamos trazendo algo para ele.

Tive dois picos de saudade.

Um logo nos dois primeiros dias: aqueles dias em que a gente toma um chá de aeroporto misturado com a minha necessidade de saber se ele tinha ficado bem sem mim. O Charlles chegou a duvidar se eu ia aproveitar a viagem, mas foi só eu passar pela primeira pontezinha em Amsterdã para dar uma esquecida básica do filhote. O segundo pico foi justamente nos dois últimos dias de viagem: porque o tempo passa e a saudade vem com tudo mesmo!

Meu Deus! Como as malas demoraram a aparecer naquela esteira! Isso foi a minha percepção distorcida – tenho consciência de que o tempo real foi dentro do normal. Será que eu espio pela porta automática para ver se ele já está lá me esperando no saguão do aeroporto? Será que ele ficou chateado por eu ter ficado tanto tempo longe? Será que ele vai querer morar com os avós para sempre?

Não riam! Cabeça de mãe já é confusa, quando o coração está transbordando de saudade, então, é solo fértil para os devaneios!

Acho que levamos uns dois segundos para nossos olhares se encontrarem depois de eu ter finalmente passado pelas portas automáticas. Graças a Deus que o aeroporto de Floripa é minúsculo! Talvez mais uns dois segundos até ele desviar das outras pessoas e malas e quase me derrubar no chão com o abraço mais apertado da minha vida!

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Ninguém precisa de palavras nessa hora. Ficamos ali naquele abraço infinito, finjindo que nada mais havia no mundo. Meu Deus, como o cheiro dele é bom! Como o cabelo dele é macio! Como suas mãos são quentinhas!

Infelizmente esse momento perfeito teve fim – por motivos de “saudade do papai”. Ah, é! Esse menino lindo que é meu filho também estava com saudades do pai, aquele cara com quem eu andei viajando nos últimos dias. Tudo bem. Eu divido esse amor.

Aproveitei para agradecer aos 4 avós, presentes não apenas nesse momento da chegada mas, especialmente, nesses 16 dias de férias do pequeno. E que férias especiais ele teve! Passeios ao zoológico, parques e shopping, festa junina exclusiva, livros e brinquedos novos, muitos jogos, brincadeiras e amor de avós. Foi quase uma surpresa saber que ele sentiu saudade dos pais!

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Sou muito abençoada por ter uma família tão maravilhosa! A saudade foi contornada pelo amor dos avós do meu filho. Olha só o que a minha mãe me escreveu num dos dias da viagem (PS: mãe que acompanha o Stories da filha – eu tenho!):

“Bom dia, minha amada filha.
Estou muito feliz porque vocês estão conhecendo lugares lindos e que eu jamais pensei que iria conhecer. Isto mesmo, eu estou visitando com vocês estes maravilhosos lugares.
Aproveitem bastante e não sinta nem um tipo de culpa. Eu sei que quando estamos vivenciando momentos como estes longe de nossos filhotes nos dá aquela sensação de que somos egoístas, mas teu filho também terá a oportunidade para vivenciar tudo isto.
Te amo muito. Seja feliz.”

Amor e gratidão eternos, mama! Porque mãe é mãe, não importa se o filho tem 4 ou 36 anos. Mãe consegue perceber o que se passa no coração do filho e tem o dom de ir bem no ponto e fazer um afago.

Foi o que fiz no final de semana que seguiu a nossa chegada: muito carinho no filhote! Passamos o final de semana agarradinhos! Tivemos bastante tempo para colocar a conversa em dia: eu falando dos lugares que passamos durante a viagem, ele contando das suas aventuras de férias.

Mas os melhores momentos foram mesmo em silêncio. Aquele flashback básico da cama compartilhada e manhãs de preguiça e pijama no sofá. (a gente também adora ficar em casa nos finais de semana)

– Filho, tu vais dormir com o nona e o vovô Rau?
– Não, mãe! É que eu tenho muita saudade de vocês para matar!
– Filho, vamos ficar assim abraçadinhos para sempre?
– Vamos, mãe! Porque eu sou teu grudinho mesmo!

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No fim das contas, a saudade que voltou tranbordando a bagagem dessa viagem sem filho serviu para estreitar ainda mais o nosso laço. Tanto que já estamos planejando a próxima viagem! Mas dessa vez o pequeno vai junto!

 

Vocês já fizeram uma longa viagem sem filho? Como foi a volta? Compartilha aqui com a gente!