Meu filhote frequenta o colégio em período integral. Sim, ele fica o dia todo na escola – e tudo bem! Essa adaptação escolar aconteceu quando ele tinha 1 ano e 8 meses e vou contar em detalhes como foi.

Apenas para contextualizar, ele não começou sua vida escolar em período integral. O início no colégio, ao final do seu 8º mês, foi apenas no período vespertino. Já contei detalhadamente como foi essa adaptação do meu bebê na escolinha.

Mas, mudamos de cidade, não encontrei uma babá a contento para ficar com o filhote, e acabamos optando por deixá-lo o dia inteiro no colégio. É claro que a escolha do local de ensino é fundamental nesse processo de adaptação. Como já mencionei em outros textos, os sentimentos da mãe e do pai influenciam diretamente nas emoções do filho.

O sucesso da adaptação só aconcete com pais seguros e tranquilos.

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Adaptação escolar no Período Integral

Penso que um período de adaptação seja essencial mesmo que não ocorra uma troca de escola (quando a criança estuda em meio período e passa a frequentar o colégio o dia todo). Mais importante ainda é quando essa adaptação acontece numa nova escola, numa nova cidade.

O colégio anterior do Vinicius trabalhava com berçário. Ele fez sua primeira adaptação escolar no berçário. A escola nova só trabalha com crianças com mais de 1 ano que já caminhem. Portanto, todas as crianças que iniciaram o ano com o meu filho também estavam conhecendo o colégio pela primeira vez.

Assim, no plano de adaptação da instituição, as crianças foram divididas em horários de início diferenciados, para que não chegassem todos juntos. Nos primeiros dias, os pais podem permanecer com os filhos no espaço da sala de aula e convivência.

O tempo de permanência vai aumentando gradualmente. Nos primeiros dias, mesmo com os pais, os pequenos ficam por 2 horas. Depois de alguns dias (não há um número de dias determinado, vai depender de cada criança), continuam ficando por 2 horas, mas sem os pais. Nessa fase, os pais aguardam no colégio, mas fora do campo de visão dos filhos.

Com o andar da carruagem, as crianças vão aumentando esse tempo de permanência no colégio. Os pais saem do colégio e são chamados, se for necessário. Eu, particularmente, nunca recebi uma ligação nesse período.

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Nossa experiência com o Período Integral

Com 1 ano e 8 meses, o Vinicius já caminhava muito bem, comia de tudo e falava várias palavras. Nós o levamos para conhecer a escola antes do período de adaptação. Estávamos todos animados com as novidades! Como aconteceu aos 8 meses, decidimos que eu (e não o pai da criança) faria a adaptação.

Enquanto eu ficava com ele, ele ficava feliz da vida brincando com os materiais novos. Chegava a se distanciar de mim, interagia com as outras crianças, mas volta e meia vinha ao meu encontro. Todas as minhas tentativas de me afastar acabavam em choro e colo.

A professora até que queria esperar que ele parasse de chorar na minha ausência para finalmente me dispensar da adaptação. Mas isso nunca aconteceu. Então, eu o deixava chorando mesmo.

Como ele ficaria em período integral, as 2 horas de permanência começavam mais tarde para que, gradativamente, ele ficasse para o almoço no colégio. Levou umas 3 semanas para nos sentirmos (eu e as professoras) seguras para deixá-lo almoçar por lá. Ah! E não, ele não parou de chorar nem um dia durante esse processo. Chorava na chegada, mas se acalmava rapidamente.

Desde o primeiro dia em que ele almoçou no colégio, sempre foi tranquilo. Como era a mesma professora da manhã que almoçava com ele, e ele já tinha feito um vínculo com ela, almoçava bem.

Nos primeiros dias, não conseguiu fazer a soneca depois do almoço – o que me rendia um filho chatinho durante a tarde. Mas com o tempo, ele voltou a fazer sua soneca e conseguia aproveitar o período da tarde também.

O processo todo de adaptação escolar no período integral durou 1 mês.

Ainda bem que tivemos tempo para fazer com calma. No final desse mês, o Vinicius estava chegando no colégio por volta das 9 horas (ele sempre chegou atrasado no colégio) e indo embora às 17:30.

Eu ainda o deixei chorando no colo da professora por alguns meses. Mas penso que isso é algo do meu filho mesmo. Todo ano temos uma nova adaptação escolar – com choro – por aqui. Mas o sorriso no rosto na hora de buscá-lo (e o feedback das professoras) me da a certeza de que ele teve um bom dia.

Sei que alguns especialista indicam não fazer a troca de colo – do colo da mãe para o colo da professora. Mas, no caso do Vinicius, isso sempre funcionou melhor. Quando eu tentava deixá-lo no chão, para que caminhasse para dentro da sala, sempre foi bem difícil. Sendo recebido pelo colo da professora, ele ficava mais tranquilo – e muitas vezes nem chegava a chorar.

 

Para uma boa adaptação escolar ao Período Integral:

– segurança e tranquilidade dos pais na escolha da escola
– tempo para fazer a adaptação com calma
– tempo de permanência no colégio aumentando gradualmente
– bom vínculo da criança com a professora responsável pelo almoço e soneca
– comunicação eficaz entre as professoras dos diferentes turnos
– feedback das professoras para os pais
– muita conversa e carinho entre pais e filho

 

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A escolha pelo período integral não é uma decisão fácil para os pais. Delegar os cuidados do filho por tanto tempo para outras pessoas é sempre difícil. Mas pode – e deve – ser uma experiência maravilhosa para todos!

Depois dessa adaptação com 1 ano e 8 meses, o Vinicius permanece até hoje, com 4 anos, em período integral. Alguns de seus coleguinhas, que chegaram a iniciar no integral e depois passaram para meio período, pediram para voltar a frequentar a escola o dia todo. Sinal de que passam bons momentos por lá!

Mais alguém por aí com o filhote em período intregral no colégio? A adaptação escolar foi parecida com a nossa? Compartilha com a gente!