Acho que já posso falar do desfralde noturno por aqui. Já tem uns bons 6 meses que o filhote não usa mais fralda à noite.

Contei que o desfralde diurno do Vinicius foi bem tranquilo. Ele tinha 2 anos e meio e durante o mês de férias (janeiro) aprendeu a usar o banheiro. Posso dizer o mesmo do desfralde noturno: foi super tranquilo, mas levou um pouco mais de tempo.

Na verdade, o fim das fraldas à noite não foi exatamente um processo linear. Tipo assim: a partir de hoje começa o desfralde noturno. Não, não teve essa data marcada. Fomos experimentando à medida que o pequeno foi se sentindo seguro para isso.

O desfralde noturno foi lento, com paciência, e super tranquilo!

Durante o dia, não tivemos mais escapes – nem em casa, nem no colégio, nem no carro, nem em passeios, nem nas sonecas. Houve algumas corridas ao banheiro mais próximo e eventuais xixis na árvore (vantagem de ser mãe de menino!), mas nada que demandasse uma troca de roupa. A fralda frequentemente acordava seca. Na verdade, mesmo quando ainda usava fraldas durante o dia, eu percebia que o Vinicius fazia pouco xixi à noite.

Normalmente, se ele fazia xixi na fralda era no comecinho da manhã, ao acordar. Sabe aquele momento de preguiça para sair da cama e ir ao banheiro? Nessa hora.

Passamos alguns meses com o filhote acordando com a fralda seca e pedindo para ir ao banheiro de manhã. Sim, de manhã ele pedia para ser acompanhado ao banheiro. Não precisava de ajuda para nada (ele usava daquelas fraldas de vestir), apenas queria companhia. E nós acompanhávamos – ainda acompanhamos, quando ele pede.

Deixei passar o inverno com ele usando fralda à noite.

Quando voltou a esquentar (e as fraldas continuavam amanhecendo secas) sugeri que ele começasse a dormir de cueca. Estava com um pouco mais de 3 anos. Mostrei que ele não estava fazendo xixi na fralda e que achava que não precisava mais usar. Ele concordou.

E assim foi. Ele dormiu alguns dias de cueca e não tivemos problema algum. Até que um dia, num fim de semana de preguiça na cama, aconteceu um escape. Ele ficou super chateado, mesmo sem termos repreendido o ocorrido de forma alguma. Pediu para voltar a usar fralda para dormir e eu permiti.

Depois desse dia, voltou tudo ao normal: as fraldas voltaram a acordar secas. E quando fomos passar férias na praia, exatamente um ano após o desfralde diurno, eu voltei a propor que ele dormisse de cueca. E ele concordou, de boa.

Nesse meio tempo ele já tinha dormido várias noites sem fralda. Ou por preguiça de trocar de roupa num dia em que chegamos tarde em casa. Ou porque ele queria experimentar uma cueca diferente. Quando ele pedia, dormia de fralda; quando não lembrava do acessório, dormia de cueca.

desfralde noturno 01

Eu já estava pronta para escrever esse texto sobre a nossa experiência de desfralde noturno – e total – mas achei melhor esperar passar o inverno. Minha cunhada (madrinha do Vinicius) comentou que o primeiro inverno sem fralda costuma ter escapes – eu acho que faz sentido. Porque no inverno costumamos fazer mais xixi, ter mais roupa para tirar e mais preguiça de sair do quentinho para ir ao banheiro.

Pois bem, dito e feito: tivemos escapes.

Não exatamente no inverno (que, aliás, começou apenas há 5 dias!), mas no começo do frio – que aqui na serra quer dizer começo de Maio – um pouco antes dele completar 4 anos. De todo modo, não posso dar todo o crédito para o frio. Os escapes aconteceram num momento conturbado para o Vinicius no colégio (ele ficava chorando diariamente) e foi quando resolvemos que seria bom ele dormir no seu próprio quarto.

Vocês acompanharam isso tudo pelo Instagram – fui contando tudo no Stories. Ocorreram uns 3 ou 4 acidentes, em dias não seguidos. Mas levamos tudo numa boa, sem repreender e sem valorizar demais a questão. (prometo que vou fazer outro texto sobre a Operação Descompartilhar Cama. Esperem só mais um pouquinho)

O Vinicius falava num dia que tinha sonhado que estava fazendo xixi na grama e que depois percebia que estava na cama. No outro, contava que estava com tanto sono que não tinha dado tempo de chegar ao banheiro. Sem estresse.

Trocávamos a roupa de cama, o pijama e seguíamos em frente.

Nesses dias, cheguei a usar a tática do tapete higiênico (aqueles para cachorro mesmo, a Loly emprestou para o Vinicius!). Consiste em colocar o tal tapete sobre o colchão, mas embaixo do lençol. Assim, se molhar, molha apenas o lençol – o colchão fica preservado. Mas preciso contar que não tivemos escapes depois disso.

O último escape, por azar, aconteceu na casa da minha mãe, numa semana que passamos lá. O Vinicius dormiu com meus pais durante essa semana e minha mãe resolveu levá-lo ao banheiro, de madrugada, meio dormindo mesmo. Num dia levou às 5h, no outro às 5:30, no outro às 6:00. Ele fazia xixi e voltava a dormir.

Quando voltamos para casa eu não dei continuidade nisso. Primeiro porque achava que tinha sido só um escape mesmo. Segundo porque das 6h às 7h é meu melhor sono e eu preferia correr o risco a ter que acordar. Sinceridade: a gente vê por aqui.

Não tivemos mais nenhum acidente. Por precaução, resolvemos limitar a quantidade de mamadeiras antes de dormir. Alguns dias, o Vinicius pedia mais de uma mamadeira de leite à noite. Nós passamos a limitar a segunda mamadeira, quando pedida, a 120 ml no máximo.

E foi isso! Já tem uns dois meses desde o útimo escape e considero que o desfralde noturno está feito!

Como vocês podem perceber, assim como no desfralde diurno, o desfralde noturno não teve nenhuma grande regra a seguir ou alguma técnica regularmente utlilizada. Foi tudo na base da conversa e da tentativa e erro. No fim, é assim que tudo funciona na maternidade e na vida!

desfralde noturno pinterest

Como foi/está sendo o desfralde noturno por aí? Vocês têm alguma dica para quem está com dificuldades nesse processo?

Imagens: @nozfotografia