Hoje é quinta-feira santa. Estamos a 3 dias da Páscoa. Dia perfeito para um poema de Páscoa, não acham?

Vocês já devem ter percebido que eu realmente gosto dessa data festiva, né? (por aqui já teve post de inspiração de embalagens de Páscoa, uma lista de sugestões de presentes de Páscoa para fugir do chocolate e até um DIY de tag de Páscoa)

Sim! Gosto muito dessa data comemorativa! Gosto das suas tradições, como as de procurar os ovos escondidos, trocar presentes com as pessoas que amamos, as reuniões em família.

Gosto especialmente da simbologia da Páscoa. A mensagem de vida nova, ponto principal da festa, é algo muito especial, que podemos – e devemos – levar para todos os outros dias do ano!

Tenho boas lembranças das minhas Páscoas quando era criança. A família reunida, muita brincadeira com os primos, muita conversa com os tios, a comida boa da minha avó.

Quando temos boas lembranças da nossa própria infância, há uma vontade de que nossos filhos também tenham essas riquezas. E acabamos por nos empenhar em proporcionar bons momentos para que eles construam suas boas lembranças também.

Ano passado eu escrevi, pela primeira vez, uma poesia de Páscoa. Coloque um pouco desses sentimentos bons em versos, como eu gosto de fazer. Mas esse ano preparei algo diferente para a Páscoa.

Esse ano fiquei refletindo sobre o poema de Páscoa de Paulo Leminski.

Para quem não conhece, Paulo Leminski foi um poeta curitibano (e escritor, crítico literário, tradutor e professor) que eu admiro muito. Seus poemas são mágicos! Numa primeira lida, parecem simples. Mas na segunda leitura, percebemos que há toda uma complexa reflexão nas entrelinhas. E assim seguimos descobrindo mais tesouros a cada releitura de seus poemas.

Essa mágica também acontece no poema de Páscoa abaixo. A princípio, parece uma poesia simplória, quase infantil. Mas eu as convido a ler mais de uma vez e perceber a riqueza com que o poeta fala dos símbolos da Páscoa.

 

O Ovo do Coelho

Coelho não bota ovo,
quem bota ovo é galinha.
Mas eu conheço um coelho
que é mesmo uma maravilha.

Os ovos que ele bota,
você nem imagina.
São ovos de chocolate
ou ovos de baunilha.

Por isso, nosso coelho
foi expulso da família.
O pai dele disse: – Meu filho,
isso é coisa de galinha.

O coelho respondeu rapidamente:
– Meu pai eu não tenho culpa,
botar ovo é meu destino.
Se não posso botar ovos em casa,
prefiro botar sozinho.

E foi assim que o coelho
saiu de casa para a rua,
botando ovo na Páscoa,
no sonho de todo mundo.

Paulo Leminski

 

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E tem uma pasta recheada de poesias maternas lá no Pinterest Só Melhora. Vale a pena dar uma olhada:

 

 

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poema de páscoa pinterest

Imagem: Pixabay