Querido Papai Noel, sei que já faz algum tempo que não te escrevo uma cartinha, mas me dei o direito de novamente fazer meus pedidos de Natal. Sei que o filhote terá a cartinha dele e, nesse mundo em que tanto se fala em direitos iguais, penso que também mereço ter a minha.

Afinal de contas, até que venho sendo uma boa mãe por mais de 3 anos – pelo menos, a melhor mãe que posso ser. Claro que cometo erros – muitos! Mas, se o senhor atender alguns dos meus pedidos de Natal, quem sabe esses erros não diminuam?

Então vamos lá. Conto com a sua ajuda!

imagem de um menino num trem de natal - pedidos de natal

Meus pedidos de Natal

1- Dias mais compridos

Sim, porque nenhuma mãe nesse mundo consegue fazer tudo o que precisa nas míseras 24 horas que temos por dia. E que fique claro: mais horas, mas sem destinação certa. Não quero simplesmente aumentar a carga horária das atividades diárias. Quero ter a liberdade de poder ficar mais horas no sofá, depois do filho dormir, com a casa já arrumada.

2- Uns 4 braços a mais (de cada lado)

Todos os dias de manhã, para sair de casa, pego minha bolsa, minha agenda, meu casaco, o casaco do filho, a mochila do filho, o copo de água do filho, as chaves da casa e do carro, eventualmente um guarda-chuva e quase sempre o próprio filho. Sim, eu preciso de mais braços e mãos, por favor!

3- Algum tipo de comida saudável instantânea

Se não puderes me dar dias mais compridos, pelo menos me consiga alguma comida que eu coloque 30 segundos no micro-ondas e esteja pronta. Claro que tem quer ser saudável e balanceada. E saborosa. E que o filho e o marido gostem, além de mim. Pensando bem, mesmo se eu tiver mais horas para cozinhar, vou querer esse item mesmo assim.

4- Um teletransporte

Esse item eu já queria antes mesmo de ser mãe, mas vou aproveitar e colocar aqui na minha listinha de pedidos de Natal. Com o mundo globalizado do jeito que está, não podemos ficar perdendo tempo com distâncias – muito menos com trânsito! Pode ser algo tipo Matrix: quer deixar o filho passar o finde nos avós? Pega e telefone e pronto! Ele já está lá. Quer passear com o pequeno na Disney? Pega o telefone e pronto! Entendeu?

5- Avós imortais

Por falar em avós, também estou precisando de avós imortais para o meu filho. Eu bem que queria para mim mesma, mas já não dá mais tempo. Sei que vira e mexe tenho meus conflitos com os avós do filhote, mas eles ajudam demais! Fora o amor entre eles (o amor passa de geração para geração). Não podemos viver sem.

6- Banco de horas de sono e paciência

Sim, sim, isso também já queria antes de ser mãe. Aliás, eu queria ter um banco de horas de sono justamente antes de ser mãe! Guardaria várias e várias horas para descontar nos primeiros meses de vida do filhote. Hoje em dia um banco de paciência me parece muito útil. Seria para usar naqueles dias em que a paciência acaba e as coisas cismam em não dar certo, sabe?

7- Um coração infinito

Por último e o mais importante dos pedidos de Natal: preciso de um coração infinito. O que eu tenho atualmente é um tanto quanto pequeno demais para guardar tantas emoções proporcionadas por essa vida de mãe. Ele frequentemente transborda em trapalhadas, desorganização e lágrimas. E olha que nem precisa de muito para isso. Basta um sorriso ou um abraço do filhote.

Meus pedidos de Natal:

  1. Dias mais compridos
  2. Uns 4 braços a mais (de cada lado)
  3. Algum tipo de comida saudável instantânea
  4. Um teletransporte
  5. Avós imortais
  6. Banco de horas de sono e paciência
  7. Um coração infinito – para encerrar meus pedidos de Natal para o Papai Noel

Vocês também têm uma lista com pedidos de Natal? Acrescentariam ou tirariam algo da minha? Contem aí nos comentários ou nas redes sociais! Quero saber!

lista em infográfico dos meus pedidos de natal para o papai noel

E já que estamos falando de pedidos de Natal para o famoso Papai Noel, acho que cabe uma pequena explicação. Sim, eu falo de Papais Noel para o meu filho. Deixa eu explicar por quê.

imagem de um menino arrumando a árvore de nata para esperar pelo papai noel

7 motivos por que eu falo do Papai Noel para o meu filho

Pela primeira vez, aos 2 anos, percebo meu filho esperando pelo Natal e Papai Noel.

A pedido dele, compramos uma árvore de Natal (e um Papai Noel subindo uma escada) e aproveitamos o final de semana prolongado para montá-la. Sim, é isso mesmo que vocês entenderam: eu não tinha uma árvore de Natal em casa.

Não pensem que sou daquelas pessoas que não gosta dessa época do ano. Longe disso! Adoro arrumar a casa e entrar no clima… e o principal: montar o presépio. Mas não tinha um pinheirinho digno de ser chamado de árvore de Natal.

Pois bem, agora temos! E foi uma delícia montar a árvore acompanhada de duas mãozinhas felizes e saltitantes a cada enfeite colocado. (comentei sobre isso lá no Instagram, viram?)

Como eu disse, pela primeira vez, aos dois anos e meio, o Vinicius está a espera do Papai Noel. E fiquei pensando por que estou mantendo a tradição de falar sobre o Bom Velhinho para o meu filho. Encontrei bons motivos, olha só:

1- Preciso de ajuda para a retirada do bico.

Sei que está chegando a hora de dar um fim nesse hábito e sei que não será fácil. O Vinicius usa o bico praticamente só para dormir, mas não dá sinais de que vai largá-lo tão cedo. Sei que não é um motivo nobre, mas estamos sim apelando para a velha troca do bico por um presente do Papai Noel.

2- Ele está por todos os lados!

Não há como ignorar a figura do Papai Noel. Não é apenas nos shoppings, nas lojas e na televisão. Fala-se dele no colégio, entre os amiguinhos, nas reuniões de família. O pequeno conhece a história de Maria, José e Jesus (até por que tenho uma imagem de Nossa Senhora do Desterro – com Maria grávida – ao lado da minha cama), mas não há como impedir as milhares de perguntas: “O que vais ganhar/ganhasse do Papai Noel?”

3- É uma forma de trabalhar o tema tempo/espera.

Não sei se para todas as crianças de dois anos e meio é assim, mas o Vinicius já tenta se situar no tempo, porém tem grandes dificuldades para isso. Basicamente, o que ele sabe sobre o assunto é que sábado e domingo não tem aula! Como ele mesmo mostrou essa ansiedade pela chegada do Natal, aproveitamos o momento para ensinar um pouco sobre a questão do tempo e a necessidade de se aprender a esperar por um evento determinado. A ideia é também ensiná-lo a ser paciente. Acreditem, não é nada fácil!

4- Valorizar as reuniões em família.

A família é um valor muito importante para nós (eu e meu príncipe) e queremos que o filhote entenda essa importância e leve isso como princípio de vida. Por aqui, nós revezamos o local onde passamos o Natal: um ano com os meus pais, outro com os meus sogros. Mas sempre há uma reunião com a grande família – tios, primos, avós – para celebrar essa data festiva. E sim, como há crianças em ambos os lados, sempre há a presença do Papai Noel e muita diversão de todos com as brincadeiras do Bom Velhinho.

5- O mundo infantil é recheado de imaginação.

Convenhamos que o mundo adulto nem sempre apresenta histórias muito bonitas para serem contadas – os jornais que o digam! Mas para chegarem à vida adulta, as crianças precisam muito trabalhar sua imaginação. Faz parte de seu desenvolvimento. Fora que é uma delícia vê-los contando suas histórias mirabolantes e fantasiando conversas entre carros, animais e com o Papai Noel também – sim, por que não?

6- É uma oportunidade de praticar a compaixão.

Sim, pretendo criar um filho consciente de sua posição no mundo e crítico sobre os fatos que acontecem ao seu redor. Essa é uma preocupação constante por aqui, somada à questão dele ser filho único e precisar aprender a dividir. Aproveitamos dois momentos no ano, pelo menos, para fazer uma revisão nos armários e doar roupas que não servem mais e brinquedos de pouco interesse do filhote. O Natal, além do aniversário do pequeno, é um momento para refletir sobre o quanto temos e o que podemos dividir com pessoas que não tem tanto assim.

7- Eu acredito em Papai Noel!

Sim, eu acredito em pessoas de bom coração, que se doam sem exigir nada em troca e fazem o bem sem reparar a quem. Sou otimista por natureza e terapeuta por formação – meu pré-requisito é acreditar nas pessoas. Acredito plenamente na “corrente do bem” e tento praticá-la ao máximo no meu dia a dia. Quero MUITO que meu filho acredite nisso tudo também.

7 motivos por que eu falo do Papai Noel para o meu filho

  1. Preciso de ajuda para a retirada do bico.
  2. Ele está por todos os lados!
  3. É uma forma de trabalhar o tema tempo/espera.
  4. Valorizar as reuniões em família.
  5. O mundo infantil é recheado de imaginação.
  6. É uma oportunidade de praticar a compaixão.
  7. Eu acredito em Papai Noel!

Vocês acreditam em Papai Noel? Falam dele para seus filhos? Me contem nos comentários!