Eu sei, eu sei. Eu vivo dizendo que o primeiro mês do bebê é um caos. E é mesmo. Fiz até uma poesia inteira sobre isso. Esse post não é para desdizer nada disso. Desculpa se essa era a tua esperança ao clicar aqui.

Mas acontece que o filhote está com 3 anos e meio e a Natureza é sábia. Aos poucos, as lembranças desse período caótico vão ficando mais suaves, ao passo que a parte boa continua forte. Já admiti por aqui que sinto saudades de algumas coisas, lembram?

Há algum tempo atrás, li um texto da Marcela do Não São Gêmeos falando sobre as boas lembranças do primeiro mês do bebê. Guardei essa ideia no meu coração (e no meu banco de ideias do blog), esperando a vontade de escrever algo semelhante aparecer.

Pois bem, a vontade bateu e aqui estou eu para contar quais são

as boas lembranças que tenho do primeiro mês do meu bebê. Porque sim, elas existem!

 

1- Meu príncipe como pai.

A lembrança mais forte que tenho dessa época é do meu príncipe – aquele cara por quem me apaixonei e casei – se transformando no pai do meu filho. E adivinhem? Me apaixonei de novo por ele. Estou tentado colocar esse sentimento em palavras, mas não consigo. Só sei que nosso amor ficou ainda mais forte e somos ainda mais parceiros.

2- Milagre da vida.

Acabo sendo repetitiva, né? Mas não existe outra palavra. É mesmo um milagre. Era um amontoado de células que se desenvolveram e deram origem a uma outra pessoa. Esse novo ser sai de dentro da gente e está bem ali, diante dos nossos olhos. Ele também tem olhos, aliás! E um nariz, e uma boca – e chora e faz cocô e não te deixa dormir, é verdade. Mas é um milagre.

3- Cheirinho de bebê.

É incrível como temos memória olfativa, né? Eu vejo uma foto do filhote recém-nascido e logo sinto o cheirinho delicioso de bebê. Não é por acaso que muitas mães relatam que gostariam de engarrafar esse cheio! Ainda amo o cheirinho do filhote, mas hoje ele já tem bafinho e suor. Mas cheirinho de bebê, ah… é viciante (existem até pesquisas científicas sobre isso)!

4- Caras e bocas.

Amo ficar observando as caras e bocas que os bebês fazem! Se eu já gostava disso em qualquer bebê, imagina quando era o MEU bebê fazendo? Não, não tinha muito tempo ou disposição para ficar apenas olhando para as caras do meu recém-nascido, mas de vez em quando me pegava apenas admirando essas feições.

5- Ele te reconhecer.

Orgulho. Puro e simples. Talvez não seja uma emoção das mais nobres, mas é certamente uma lembrança que aquece meu coração. No primeiro mês do bebê ele não tem praticamente nenhuma interação com as outras pessoas. Mas no final desse primeiro mês, o pitico começou a esboçar um sorriso quando reconhecia minha voz e meu cheiro. Ele sabe que sou sua mãe. Eu. Só eu.

6- Colo e peito resolvem (quase) tudo.

Essa é uma lembrança parecida com a anterior. É uma sensação de poder que só as mães têm. Porque é no colo e no peito da mãe – e nesse comecinho é somente da mãe mesmo – que o bebê consegue se acalmar. Não se engane: isso dura pouco tempo e mesmo assim não é o tempo todo! Mas quando ninguém consegue fazer o pequeno parar de chorar e te entregam já meio desesperados e ele se acalma só de estar contigo, é impossível não sorrir.

7- A paz do sono.

Penso que essa é uma lembrança que todos temos – e talvez o motivo pelo qual os Ensaios New Born fazem tanto sucesso. Ver um recém-nascido dormindo do teu lado dá uma paz tão grande que aquece o coração. É algo que vai além do “ufa! O bebê dormiu!”. É uma sensação de que tudo no mundo está bem porque há um anjo bem ali.

Tá bom, tá bom. Tenho que confessar que esse último item não é exclusivo do primeiro mês. Eu continuo sentindo essa paz toda vez que observo o filhote dormindo. E tenho a certeza de que não importa o quanto o resto do dia foi caótico porque esse momento é perfeito. Eu sou a sua mãe, ele é meu filho. E tá tudo certo.

 

Vocês também têm essas boas lembranças do primeiro mês? Qual mais podemos incluir na lista?
E se ainda estiveres nesse primeiro mês, saibas que o caos passa, mas as boas lembranças ficam!

Imagem em destaque: Carol Dias