Esse post sobre bebês e cachorros é inspirado num comentário da leitora Gabriella Simonetti. A Gabriella está grávida (será que o baby já nasceu?) e tem 2 schnauzers. Ela perguntou sobre como foi a adaptação do Vinicius e da Loly.

Eu respondi o comentário na época, mas achei o tema tão interessante que resolvi escrever um post inteiro sobre ele. Afinal, deve ser uma dúvida de outras gravidinhas por aí, né?

Eu mesma, quando estava grávida, pesquisei bastante sobre o assunto. Quando o Vinicius nasceu, nossa schnauzer estava com 3 anos. Então, minhas pesquisas – e esse texto – se concentraram na adaptação do cachorro à chegada de um novo bebê.

O fato da Loly já fazer parte da família e não ser mais um filhote é algo a ser levado em conta. Quem já teve um filhote peludo sabe que a adaptação deles conosco – e com a nova casa – tem suas peculiaridades.

Então, para quem tem um bebê de colo ou um recém-nascido e me conta da vontade de aumentar a família com um cachorro, eu costumo dizer: um filhote de cada vez!

Sendo uma cachorra adulta bem-adaptada, as questões de espaço e território já não eram tão fortes para a Loly. Sim, filhotes e machos tem o instinto de marcar território mais acentuado. E filhotes ainda tem a insegurança emocional, que certamente influenciará na adaptação.

O que nós tentamos fazer foi apresentar o novo membro da família para a nossa cachorra da forma mais natural possível. Ela sempre teve livre acesso ao quarto do bebê, às roupas e aos brinquedos.

Cachorros têm o olfato como um dos sentidos mais importantes. Então, procuramos deixar que a Loly cheirasse as coisinhas do Vinicius à medida que elas chegavam na nossa casa. E ressaltávamos que aquilo era do bebê e não dela.

Pode parecer bobagem, mas funcionou. Minha maior preocupação sempre foram os brinquedos – e a distinção de qual brinquedo era do bebê eu qual era da cachorra. Pois bem, posso dizer orgulhosa que fazendo dessa forma – apresentando o brinquedo para a Loly e dizendo que não era seu – ela nunca pegou um brinquedo do Vinicius sem autorização. Já não posso dizer o mesmo do pequeno.

Muitos especialistas orientam pegar uma roupa ou fraldinha do bebê e trazer para o cachorro cheirar antes do recém-nascido ir para casa. Nós não chegamos a fazer isso. O que fizemos foi deixar o bebê conforto no chão, no corredor do nosso apartamento, para que a Loly cheirasse o Vinicius antes de entrarmos com ele.

Penso que o fato de termos nos preocupado com essa adaptação entre os dois e não ter deixado de dar atenção para ela contribuiu para a tranquilidade e sucesso do processo. É visível a amizade que os dois construíram.

A Loly SEMPRE protegeu o Vinicius, desde bebezinho! E ainda protege hoje em dia. Se alguém faz alguma brincadeira mais agressiva com ele (tipo gritar, pular ou jogar ele pra cima), ela fica bem agitada e late muito. Coisa que nunca fez comigo ou com o Charlles (a Loly não é de latir).

É muito legal ver a responsabilidade e o carinho que o Vinicius tem com ela. O pequeno ajuda a dar comida e água, vive fazendo carinho e dando abraços na bigoduda, convida ela para brincar diariamente. Eles brincam de pega-pega e de correr. A Loly realmente entende e participa dessas brincadeiras!

Sei que algumas pessoas ficam preocupadas com questões de saúde e higiene entre bebês e cachorros. Mas já adianto que as pesquisas atuais mostram que esse convívio desde pequeno é benéfico para os dois lados. O contato com animais ajuda a desenvolver o sistema imunológico do bebê e o cachorro ganha mais um amigo para a matilha.

E nós, pais, ainda temo o prazer de acompanhar o desenvolvimento dessa linda amizada entre bebês e cachorros!

 

Mais alguém por aí já tinha um peludo em casa quando o bebê chegou na família? Compartilha suas dicas de adaptação com a gente!

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