Vira e mexe eu volto a repetir meu bordão: “cabeça de mãe é mesmo confusa”. Por exemplo, mãe que trabalha fora (meu caso). Quantas vezes estamos trabalhando e sonhando em passar o dia com o filhote? E outras tantas vezes passamos dias e mais dias com a cria desejando ardentemente que as aulas retornem para termos mais tempo para a gente.

Será que alguma mãe nesse planeta não passa por esses momentos de crise? Contem aí embaixo se vocês conhecerem alguma!

Eu não conheço. Tenho amigas que trabalham em casa e reclamam do desgaste com os filhos e a casa e da falta de tempo para si. E tenho amigas (em maior número, é verdade) que, assim como eu, trabalham o dia todo fora e se culpam por deixar os filhos o dia inteiro no colégio e por não ter tanto tempo com eles.

Aliás, já contei por aqui como foi minha volta ao trabalho depois do fim da licença maternidade. Não por acaso, essa é uma das poesias mais acessadas do blog. Sei que esse assunto não é fácil.

Longe de entrar na polêmica “mãe que trabalha fora” x “mãe que fica em casa”, penso que a gente vive mesmo dividida entre a vida profissional e a vida materna.

Acredito mesmo que única e exclusivamente cada mãe (ou pai) é que pode saber o que funciona melhor para si e sua família. Agora, de uma coisa não tenho dúvidas: só teremos filhos felizes se formos pessoas felizes.

Como a minha realidade é a de mãe que trabalha fora, é desse ponto de vista que escrevo a poesia de hoje:

 

Vida de mãe que trabalha fora

Mãe que trabalha fora
é assim:
corre pra não perder a hora
de deixar o filho no jardim

Depois corre pro escritório
e passa o dia inteiro pensando
na sala de aula, banheiro, refeitório,
se o filho se diverte estudando

Mãe que trabalha fora
vive tentando equilibrar o tempo
pensa no antes, no depois e no agora.
Difícil focar num único momento

Mãe que trabalha fora
adora cultivar seu lado profissional,
mas não vê a hora de ir embora
pra curtir com o filhote – seu lado mais especial

Talita
19/07/2016
14:33

 

Como é ser uma mãe que trabalha para vocês?

 

Que tal mais algumas poesias do cotidiano materno?
Tem poesia para dias mais melosos: Manteiga derretida. Tem poesia para dias mais difíceis: A um passo de um ataque de nervos e O dia em que a paciência acaba. Tem poesia para para pensar: A difícil arte de educar. E poesia para rir: Fase Capacete.