Ainda hoje, agora mesmo, relendo os versos para escrever esse post, me emociono com essa poesia. Ter uma boa hora… Fiquei pensando no motivo de ser tomada por esse sentimento tão forte – a ponto de não conseguir impedir as lágrimas de escorrerem pelo meu rosto.

Não é uma poesia para mim, nem para o meu príncipe, nem para o meu filho.
É uma poesia que fiz para uma amiga querida num momento especial da sua vida – provavelmente O momento mais especial da sua vida.

E sei porque sou invadida por tanta emoção – porque inexoravelmente eu penso no meu momento especial: aquele em que damos à luz um filho (no caso dela, dois).

Cada um chama como quiser, eu chamo de milagre. Não é à toa que essa é a poesia mais lida de todo o blog. De alguma forma, gestar e parir um filho nos transforma de uma maneira tão intensa que nos conecta como mães e mulheres – e nos emociona mesmo quando o parto não é nosso.

Eu mesma adoro ler relatos de partos alheios – provavelmente procurando tocar nessa emoção tão especial que faz parte de mim. Quando é o parto de uma amiga querida, então, transborda em poesia:

 

Que tenhas uma boa hora

Sei que tudo parece
muito confuso agora.
Te faço uma prece:
tenhas uma boa hora.

Não vou te enganar,
a confusão demora.
Estou aqui a desejar
que tenhas uma boa hora.

E quando o cansaço apertar
e der vontade de ir embora,
faz uma pausa para respirar
e lembra dessa boa hora.

Como todo bebê,
toda mãe também chora.
Só queria te dizer
que tenhas uma boa hora.

Talita
25/04/2016
9:50
para Rafa <3

 

Que cada gestante tenha sua boa hora.

Do caos da chegada de um filho ao amor avassalador (que não é à primeira vista), tem muita poesia de cotidiano materno por aqui. É só navegar pela categoria “poesia”.