Já falei um pouquinho por aqui que realmente acredito que o nascimento de um filho é um milagre de Deus. É, indiscutivelmente, um divisor de águas – a vida pode ser vista como “antes do filho” e “depois do filho”.

Vou usar mais um clichê, mas não há mesmo palavras que traduzam a emoção de ter nos braços uma pessoinha tão pequenininha, que acabou de chegar ao mundo, mas que já era esperada e amada por muitas pessoas. É aquela velha história de que junto com um bebê, nasce uma família.

Nasce uma mãe, nasce um pai, renascem os avós, tios, primos.  Não acredito que a família nasça de uma hora para outra. Nada do tipo no momento em que o bebê saiu da barriga, nasceu a família. Não. Penso que seja algo mais a médio prazo.

Acredito que a família nasce com o tempo. No dia a dia, na base da tentativa e erro. É no convívio que a gente aprende a ser mãe e pai. É a cada dia que a gente descobre o nosso jeito de maternar.

Mas naquele belo dia, logo após escutarmos o chorinho do filhote pela primeira vez, algo aconteceu. Uma mudança irremediável. E somos, sim, tomadas por uma emoção avassaladora. A vida muda drasticamente e nada mais será como antes.

E em meio a toda essa emoção, eu escuto a enfermeira dizer: “ele é braaabo!”. Ah, não, gente! Dá para acreditar?! Só não fui atrás dela para responder à altura porque… bem, eu estava anestesiada.

Ao que parece, a referida brabeza foi atribuída ao pequeno pelo seu choro característico. Sim, o Vinicius não chorava como um bebezinho recém-nascido. Não era um chorinho fofo. Era um choro mais parecido com berros. Aquele serzinho berrava a plenos pulmões!

Agora, isso não dava o direito da bendita enfermeira rotular meu filho de brabo. Aliás, verdade seja dita, não temos o direito de rotular criança nenhuma qualquer que seja o motivo. Mas, enfim, além de tudo, era o meu filho!

o milagre poesia 01

Mas tudo bem, isso não retirou a beleza daquele momento. Aquele continua sendo um momento muito especial na minha bagagem de lembranças. O exato momento em que aconteceu o meu milagre.

Claro que coloquei tudo isso numa poesia, que mostro hoje por aqui. Ela faz parte do álbum do primeiro ano do Vinicius, na sequência de À Espera.

 

O Milagre

E então o milagre aconteceu
Numa sexta-feira, Vinicius nasceu
Entre lágrimas, nossa família cresceu

Lágrimas de um menino
que nasceu de bumbum para cima e chorando…

Lágrimas de um pai
companheiro, forte e feliz ao ver seu filho chegando

Uma sensação de plenitude
aquecendo nosso coração e o ambiente
Felicidade presente
Não importa o que vier pela frente

– Ele é saudável – diz a pediatra
– Ele é brabo – diz a enfermeira
– Ele é meu filho – diz o pai
– Ele é lindo – diz a família inteira.

Talita
23/08/13
18:48

Essa poesia faz parte do Álbum do primeiro ano do Vinicius.

 

Sim, o nascimento de um filho é a concretização do milagre da vida – e vou continuar repetindo isso indefinidamente. Uma bênção pela qual devemos agradecer todos os dias.

Eu tive um dia assim na vida e já foi totalmente incrível e transformador. Imagino como é para as mães e pais que passam por isso mais de uma vez. Penso que seja especialmente incrível a cada vez!

Como foi esse momento na vida de vocês? Para quem tem essa experiência de mais de um filho: foi diferente com cada um deles? Conta a história do teu milagre para mim também?
Deixa o teu relato aqui nos comentários ou no Instagram ou no Facebook. Vou adorar conhecer a tua história!

o milagre poesia pinterest

Interessadas em ler outras poesias que também fazem parte do álbum do primeiro ano do Vinicius?
Que tal a poesia do Primeiro Mês do bebê? Ou a do Segundo Mês do bebê? Podem escolher! Tem uma para cada mês do primeiro ano. É só procurar pela categoria Poesia – Primeiro Ano lá em cima.

E tem uma pasta recheada de poesias maternas lá no Pinterest Só Melhora. Vale a pena dar uma olhada:

 

Como esse milagre aconteceu com vocês?

Qual foi a primeira coisa que falaram sobre o bebê? Conta aqui nos comentários!